quarta-feira, 28 de março de 2012

Fazendo Contas - A Importância da Racionalidade no Consumo


Bom dia!

Tenho tido vários assuntos para escrever, mas o tempo tem sido escasso nesses últimos dias. Venho pensando em escrever como a atualização monetária e reajuste nos preços de serviços e salários influenciam diretamente no aumento do custo de vida da população, mesmo quando possuímos uma economia estável, refletindo nos índices de inflação do país. Tenho pensado em falar sobre a bolha imobiliária que está se formando e o risco de investimento para quem compra imóveis hoje. Mas hoje vou escrever sobre o preço dos juros nos financiamentos e como isso tende a um aumento da inadimplência dos consumidores. Normalmente há assimetria da informação de quem vende e os consumidores, pelo desejo de comprar aquele bem, não age com racionalidade, adquirindo um compromisso não planejado efetivamente.

Ontem, realizei um cálculo revisional sobre um empréstimo pessoal que me assustou profundamente! Um valor de 3mil pego de empréstimo em uma dessas financeiras, a consumidora pagaria 8 prestações fixas de 980 reais aproximadamente. Alto não é? Logo imaginei encontrar uma alta taxa de juros no financiamento, mas 27,04% ao mês eu não imaginava. Até hoje, essa taxa foi a maior taxa interna de juros dentro de um financiamento que encontrei num cálculo revisional. Um financiamento com menos de um ano, a consumidora pagaria mais de 4mil reais só de juros!

Hoje, lendo jornais pela manhã, vejo que houve aumento na taxa de juros de crédito pessoal e, além disso, foi registrado o mais alto índice de inadimplência desde 2000 em financiamentos de automóveis, se não me engano. Normalmente os bancos “calculam” suas taxa de juros altíssimas, embutindo o risco de inadimplência dentro do valor do juros cobrados. Mas na verdade existe uma abusividade nas taxas de juros que o preço do dinheiro pago dentro dos financiamento é tão alto que inviabiliza o pagamento em dia das prestações, valores esses elevados devido o sistema de amortização utilizado e a alta taxa de juros cobradas pelas instituições financeiras.

Com o aumento da renda das pessoas e a tendência no aumento do consumo de bens, muitos desses com valores extremamente altos e acima do preço de mercado internacional, quando se financia esses tipos de bens, o prazo é elevado e por menor que seja a taxa de juros, não existe taxa de 0% em financiamento, maior vai ser a fatia de juros pagas dentro do financiamento contratado. Além disso, na hora da compra de um bem financiado, os bancos embutem taxas contratuais de serviços que não devem ser pagas pelos consumidores e sim assumidas pela empresa.

A taxas de juros base da economia, taxa Selic, está caindo e a diferença dos juros cobrados pelas instituições financeiras dentro dos financiamentos irão aumentar. Realizando cálculos revisionais e entrando com ações na justiça, através de um advogado, os consumidores terão condições de reverem suas prestações para um valor justo.

Tenha racionalidade na hora de comprar algum bem financiado. Poupem se houver um dinheiro excedente em sua renda. Poupar você abre mão do consumo imediato, planeja um consumo de forma racional e consumirá um bem em condições muito melhores e com preços que tendem a cair devido ao aumento da competição interna e redução de tributos sobre industrialização.

Fico à disposição para esclarecer dúvidas, só precisam enviar um email.

Até o próximo texto!

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