“O Egito é um país do norte da África que inclui também a península do Sinai, na Ásia, o que o torna um estado transcontinental.
Com uma área de cerca de 1 001 450 km², o Egito limita a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gazae Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo.
O Egito é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 80 milhões de habitantes (2007), vive nas margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 kmª; O da Líbia, a oeste, o Arábico ou Oriental, a leste, ambos parte do Saara, e o do Sinai, têm muito pouca população. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas outras grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica.
O país é conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge. A sul, a cidade de Luxor abriga diversos sítios antigos, como o templo de Karnak e o vale dos Reis. O Egito é reconhecido como um país politica e culturalmente importante do Médio Oriente e do Norte de África.” – Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Egito
“O Egito é uma república desde 18 de Junho de 1953.
Mohamed Hosni Mubarak assumiu a presidência do país em 14 de Outubro de 1981, após o assassinato de Anwar Sadat, e, em 2008, estava no seu quinto mandato. Renunciou ao cargo em 11 de fevereiro de 2011, após uma série de atos da população contra seu governo. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.
Embora o país seja formalmente uma república semipresidencialista multipartidária, na qual o poder executivo é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro, na prática o presidente controla o governo e tem sido eleito como candidato único há mais de cinquenta anos. A última eleição presidencial ocorreu em Setembro de 2005.
Em Fevereiro de 2005, Mubarak anunciou uma reforma na lei eleitoral, de modo a permitir uma eleição presidencial multipartidária. Entretanto, a nova lei instituiu restrições draconianas para as candidaturas a presidente, impedindo que políticos conhecidos se candidatassem e permitindo a reeleição de Mubarak em Setembro daquele ano.[27] O pleito foi criticado por alegadas acusações de interferência governamental, fraude e violência policial contra manifestantes da oposição.[28] Como resultado, muitos egípcios parecem cépticos quanto ao processo de redemocratização, já que menos de 25% dos 32 milhões de eleitores compareceram às urnas em 2005.”- fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Egito
Resolvi pesquisar sobre o Egito e saber o que realmente ocorre naquele país. O que me chamou a atenção, foi a movimentação popular em direção ao centro da capital, Cairo. Mobilizar 1milhão de pessoas para protestarem, me lembrou um fato ocorrido na Venezuela em 2002, por isso resolvi buscar algumas informações sobre o Egito.
Sinceramente, nunca havia escutado que o Egito era uma ditadura e, muito menos, conhecia o sistema de Governo daquele país. Lendo os parágrafos acima, três coisas me chamaram a atenção: a localização geográfica, com território na Asia, localizado próximo a faixa de Gaza e Israel; O sistema de Governo é o mesmo por 50 anos, tendo apenas um candidato único; e nas eleições o voto não é obrigatório, tendo apenas 25% da população apta a votar ido até as urnas na última eleição.
Quando apenas assistimos pela televisão informações políticas relacionadas ao Egito, quando há um mês atrás não tínhamos conhecimento dessa chamada ditadura, em um país legitimamente democrático, se não buscarmos maiores informações teremos a impressão que realmente o que existia lá era uma ditadura militar. Entretanto, os três fatores que relacionei, me passaram a idéia do ocorrido na Venezuela em 2002, com a tentativa de um golpe militar, de um governo legitimamente democrático, onde o voto também era facultativo e os meios de comunicação venezuelano, incitavam a população a se mobilizarem contra o governo do Chaves, criando conflito entre uma massa de população situacionista contra uma massa de população oposicionista. Durante o conflito, atiradores de elite atiravam nas pessoas e tentaram relacionar esse ato como uma atitude do governo. Deram o golpe militar, Chaves não renunciou, ao contrário do presidente do Egito, a população descobriu, o pediram de volta e o recolocaram no poder, com os oposicionistas e golpistas tendo que buscar abrigo em outros países e alguns foram presos. Isso pode ser visto no filme, “A Revolução não será televisionada”, um documentário de jornalistas irlandeses que estiveram na Venezuela nesse período.
Acredito, que para uma movimentação popular nesse perfil, com mais de 1milhão de pessoas se dirigindo para protestar por algum direito ou interesse, se não houver um suporte ou mobilização da mídia, esse tipo de manifestação não se sustenta.
Quando apenas 25% de 32milhões de pessoas, totalizando 8mlhões de pessoas, aptas a votar vão as urnas, se mostra uma certa insatisfação, descrença ou desinteresse da população em alguma mudança concreta. Quando se observa a geografia e localização do Egito num cenário de interesses energéticos, onde existem conflitos históricos por território e criação de governos ditatoriais com apoio de grandes potencias mundiais, podemos perceber que por trás de toda essa mobilização existe um interesse maior relacionado ao controle daquela região. Assumir o território e o controle político do Egito, pode ser uma forma de colonização moderna, onde se impõe uma democracia controlada e que precisa estar de acordo com interesses externos aos interesses reais da população daquele país. E é através da mídia que uma das maiores potencias do mundo dita as regras e conceitos a serem seguidos buscando interesses próprios para a manutenção e sustentação do sistema capitalista.
O que quero mostrar é que criam ditadores de acordo com interesse de uma minoria dominante, enquanto alguns países aliados, onde existem regimes de governo muito mais rígidos ou tão rígidos quanto os supostos países governados por ditadores eleitos pelo povo, não são citados e não existe a mesma manifestação pela mudança.
Hoje o Egito está “livre” sendo governado por um regime militar, mesmo que provisório, mas não possui governo e nem sempre a alternativa de sucessão será a qual a população realmente gostaria.
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